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Feliz vida de Inês!

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Finalmente, chegou. Hoje é a tua vez. Vou esquecer as formalidades. Para quem não sabe , este texto é para a pessoa mais improvavelmente importante no percurso da minha vida. Enquanto o meu mundo desabou 1000 vezes por dia, 365 dias por ano, foi a única que pessoa a quem consegui ir dando o meu coração e alma por completo. Para ser sincera? Não a conheço de lado nenhum,  nem ela a mim. Fomos postas frente a frente com missões diferentes na vida uma da outra. Na minha ela teve e tem a missão de ir comigo ao fundo e passar comigo por todos os mais ínfimos percursos até chegar ao topo. Na vida dela a minha missão acho que primeiro foi bastante discreta, comecei por lhe arrancar o profissionalismo, e por lhe dar conhecimento direto de uma doença. Foi sem querer eu juro, foi como aquelas palavras sem filtro que me saem constantemente da boca. Foi uma missão, e se eu não encontrava sentido para tudo o que me estava acontecer, encontrei no dia em que me sentei frente a frente com ela. Não

Its not about me, its about us

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Vivemos numa era de artistas, uns que fazem do corpo uma tela, saindo pelas ruas de Lisboa como se de Picasso se tratassem, outros que fazem das palavras melodia, como se ainda nos cruzássemos com o Michael Jackson ou com o Tupac pelas ruas mais desagradavelmente bonitas de Lisboa. Uns fazem das palavras calma como se ao invés de Camões tivesse caído no esquecimento dos jovens, esteja cada vez mais presente nos nossos dias. E aqueles que se vestem e fazem do corpo a sósia perfeita de Frida Kahlo? Quantas almas ficam cheias ao se cruzarem com jovens sem 'futuro' que aparentemente carregam origens por elas nunca presenciadas? Este são os artistas do futuro, escondidos pelos, artistas do presente, que nos cruzamos nas ruas mais belas de Lisboa, que escondem a pobreza de espírito e vida de muitos, que saem pelas ruas a mostrar um nível de vida inalcançável por todos, a música deles é a voz do povo, o eco das quatro paredes. As telas deles estão coloridas com o fumo dos cigarros

Volta

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Isto é uma carta aberta a uma pessoa que em tempos conheci,  ela era doce, carinhosa, ingénua, calma e com os pés assentes na terra, o seu sorriso ia de orelha a orelha, o colo da mãe era o refúgio de Deus na terra. A família sempre foi o lugar perfeito, o lar, aquele conforto inexplicável. As festas eram o tédio, a noite era o seu maior medo, as ações eram demasiado calculadas, para que nada dê-se errado. Esta pessoa, nunca irá ler esta carta, porque perdeu a ingenuidade toda, os pés subiram para a lua, o colo da mãe foi perdendo o lugar no pódio, as festas passaram a ser o lar, e a noite o conforto, o dia a confusão. As ações deixaram de ser calculadas, e passaram a ser apenas reacções de segundos. Já perdi muitas pessoas, umas que voaram, outras que não faziam parte da minha vida ou que não teriam de fazer, mas nunca nenhuma me fez sentir tantas saudades como esta. Apaixonada pela vida, com medo da morte, deixou-se morrer, transformar-se, não são as roupas, não é o cabelo, não

Brotherhood

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Queria recuar 12 anos no tempo, para poder mostrar ao mundo o que é um melhor amigo e um irmão numa só pessoa, dentro da mesma casa. Juntos na rua a subir pelas árvores só para comer nêsperas e manchar a roupa toda que a mãe nos comprava.  O tempo em que a felicidade de duas crianças estava longe de ser um Android ou um tablet, e era apenas uma vindima cheia de uvas saborosas que ainda hoje sinto o paladar. A alma do negócio já nos corria no sangue, era só apanhar uns cachos de uvas colocar num saco de plástico da avó e vender pela vizinhança.  Mas infelizmente não posso, só posso recordar todos esses momentos e os mais presentes e os próximos. Quero agradecer te por me tentares proteger nas alturas que nem eu própria queria ser protegida, por me teres tentado abrir os olhos nas alturas em que eles estavam mais fechados do que o normal. Os conselhos, os abraços, os empurrões os gritos e as palavras duras de se ouvir. Acima de tudo Obrigada por existires e por seres tu, por ser

Abraço de arrepios

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Desta vez num formato bastante distante do usual, começou numa conversa entre duas amigas, amigas estas não foram provocadas pelo tempo ou por escolhas da vida, mas por uma simples e confusa circunstância paralela na vida de ambas. Como já vos falei antes da Ana e da Mia, as inimigas aliadas para se tornarem amigas das pessoas, principalmente de adolescentes indefesas e cheias de questões ao mundo, desta vez tentei perceber um bocado do outro lado, não apenas do que vivi ou presenciei mas também daquilo que outras pessoas vivem e sentem. Foquei-me em falar da Bulimia, palavra que desde já a "Fagulha", a rapariga mais saltitona e irritante com quem alguma vez me poderia cruzar nas ruas, ela disse-me que a assustava e que não a conseguia dizer com tranquilidade palavra e doença que a tocou na pele por alguns instantes mais duros e outros menos aterrorizantes. É isso, éramos pessoas de mundos completamente distantes e só me aproximei dela quando me arrepiei nos pensamentos de

O perfume de baunilha

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Sentes o cordão da vida que te puxa? Esquece o que te empurra. Esquece as tragédias acontecer pelo mundo fora e foca te naquilo de bom que ninguém conta porque não dá jeito. Não olhes para o caos do trânsito e para o relógio ao mesmo tempo, enfrenta-o como todas as partidas e metas, com o seu lugar de chegada. Não me vai importar que não contornes o trânsito, importa me a forma como irás fazer para o tentar contornar. Nem a tua velocidade nem a tua capacidade importam, o que importa é o facto de quereres sempre provar que nada disso é real. Só tu, o teu inicio e aquilo que criaste é real. A realidade é algo pouco subjetivo quando nela nos tentamos focar, perdemo-nos naquilo que queríamos que real fosse, e deixamos o que é realmente verdadeiro de lado. Não sei se por medo ou falta de aceitação, não assinei por baixo na folha das partidas e desgraças da vida, deixei a em branco e devolvia ao destino, ele vai me dando a ler essa folha ao longo da vida, folha essa que mais se parece

Dear moms

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Decido escrever vos, não por saber o que é estar do vosso lado, mas sim por ter estado do lado das vossas filhas/os, sim também existe nos rapazes, e muita gente nem desconfia. Quero partir do momento em que estamos sentadas à mesa com a nossa mãe, e dez olhos postos sobre nós torna se pouco, falo apenas na mãe porque deparei me com o resto da família a fugir da mesa para se proteger. Com isto dos dez olhos, que só uma mãe, o maior ser, consegue ter, quero dizer que até os bolsos da roupa são esconderijos perfeitos para a comida, assim que os dez olhos estão ocupados, fugimos de surra até ao caixote do lixo, ou dá nos uma forte dor de barriga, e temos de ir à casa de banho, e o jantar ou almoço passa magicamente do prato para os canos lá de casa. E aquilo que não conseguimos deitar fora graças aos dez olhos, torna-se no maior peso na nossa consciência, e fecha nos no quarto a fazer exercício até nos sentirmos confortáveis, ou então vamos até à casa de banho e fazemos com que tudo sai